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Ordem dos Médicos considera obstetrícia no Santa Maria insegura e pede fecho dos serviços

O Hospital de Santa Maria, realiza mais de 2500 partos por ano, o que requer nas escalas pelo menos cinco médicos da especialidade, sem incluir os médicos internos o que tem vindo a acontecer nas últimas semanas.

Maternidade do Hospital Santa Maria, em Lisboa.
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A Ordem dos Médicos considera que a urgência obstétrica e o bloco de partos do Hospital de Santa Maria não podem continuar a prestar cuidados a grávidas e doentes. O relatório foi emitido após visitas de avaliação feitas recentemente.

A Ordem dos Médicos não tem dúvidas: o serviço de urgência de obstetrícia e bloco de partos do Hospital Santa Maria não tem condições para continuar aberto.

O relatório efetuado após duas visitas do bastonário da Ordem dos médicos, Carlos Cortes, e colégio da especialidade, nos dias 3 e 10 de julho, vai mais longe, sugerindo que a população deve ser serenamente alertada e devidamente orientada por se tratar de risco sério, na região de Lisboa e Vale do Tejo.

A Ordem dos Médicos terá alertado a administração e direção clínica do Hospital sobre a constituição de equipas de urgência, suscetíveis de comprometerem seriamente a segurança dos doentes e dos médicos.

O Hospital de Santa Maria, realiza mais de 2500 partos por ano, o que requer nas escalas pelo menos cinco médicos da especialidade, sem incluir os médicos internos o que tem vindo a acontecer nas últimas semanas.

A direção executiva do Serviço Nacional de Saúde anunciou em maio o encerramento do bloco de partos para obras a partir de 1 de agosto até setembro,
mantendo em serviço as urgências de obstetrícia, ficando os serviços concentrados no Hospital S. Francisco Xavier, a poucos dias ainda não são conhecidas as escalas.