Uma mulher, grávida de 32 semanas, morreu quatro dias depois de ter tido alta do Hospital de Guimarães, onde chegou com queixas de falta de ar, foi esta quarta-feira revelado. O bebé não sobreviveu.
A jovem, de 26 anos, esteve na unidade hospitalar na última quinta-feira, dia 24 de agosto, onde foi submetida a exames e recebeu alta clínica.
O estado de saúde agravou-se, na segunda-feira, altura em que foram acionados os Bombeiros das Taipas. Os operacionais encontraram a mulher em paragem cardiorrespiratória e já não foi possível reverter a situação. A jovem e o bebé morreram na ambulância, a caminho da unidade hospitalar.
O Hospital de Guimarães já reagiu ao caso e diz que se solidariza com a família "neste momento difícil e lamenta a sua perda", declarando que atuou sempre de acordo com os protocolos estabelecidos para estas situações.
"Nesta altura, o que podemos adiantar é que todo o protocolo clínico foi conduzido, desde o primeiro momento, conforme os procedimentos exigidos nestas situações. Tratava-se de uma utente com comorbilidades, tendo chegado a este hospital já sem vida. Como é protocolado nestas circunstâncias aguardamos o resultado da autópsia", refere
Regulador e inspeção da Saúde investigam morte de mãe e filho
A Entidade Reguladora e a Inspeção das Atividades em Saúde anunciaram esta quarta-feira a abertura de processos de avaliação e de inquérito, respetivamente, à morte da jovem e do bebé, após terem sido assistidos no Hospital de Guimarães.
"A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) e a Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) após terem tido conhecimento do falecimento de uma grávida e do seu bebé, assistidos no Hospital Senhora da Oliveira, E.P.E. (Guimarães), decidiram, no quadro das suas competências legais, instaurar, respetivamente, um processo de avaliação e um processo de inquérito que permitam o cabal esclarecimento desta situação", referem estas entidades, em comunicado.
A nota acrescenta que a "ERS e a IGAS decidiram cooperar de modo a obter todos os esclarecimentos necessários de forma complementar".