As pressões por parte de políticos socialistas para acelerar a conclusão da investigação Influencer são cada vez maiores. Depois de Augusto Santos Silva e Fernando Medina, o ex-secretário de Estado da Saúde, Lacerda Sales deixou uma pergunta à Justiça: “Por que razão é que ainda não houve arquivamento?”
Caíram todos os crimes de corrupção e prevaricação, mas ainda subsistem outros graves, tais como o recebimento indevido de vantagem e tráfico de influencias. Pressionado, o Ministério Público aponta o dedo aos políticos.
O caso politico e de justiça também já chegou à igreja. O Cardeal Américo Aguiar, bispo de Setúbal, sublinha que um “ping-pong” entre o Ministério Público e o Governo impede os portugueses de ficarem esclarecidos a tempo das eleições.
Alguns dos arguidos já preparam os recursos das medidas de coação, que devem entrar até ao final do próximo mês. Numa altura em que caiu o segredo interno do processo, ou seja, a partir de agora, esgotados os prazos, os arguidos já podem consultar livremente todos os volumes e apensos que reúnem a prova produzida pela investigação, sem que o Ministério Público se possa opor.
Fonte do processo, contactada pela SIC Notícias, desvaloriza o fim do segredo interno, uma vez que, garante, nunca ter sido vedado às defesas o acesso à investigação.
Sabe-se que Vitor Escária e Lacerda Machado terão mantido ligações ao consórcio que promove a solução para o futuro Aeroporto de Lisboa. Os nomes dos dois arguidos, até então próximos de António Costa e o de João Galamba, constam de documentos a que a RTP teve acesso.
Nesses documentos são denunciadas alegadas ligações entre a comissão encarregue de estudar o novo aeroporto e arguidos da Operação Influencer. Já foi apresentada uma queixa na Procuradoria-Geral da República.