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Centros de Saúde aliviaram pressão nas urgências hospitalares, reconhece ministro

Manuel Pizarro diz que a abertura dos Centros de Saúde permitiu reduzir a pressão sobre os serviços de urgências dos hospitais. O ministro da Saúde sublinha que está em marcha uma reforma do SNS, mas é preciso tempo para fazer efeito.

Centros de Saúde aliviaram pressão nas urgências hospitalares, reconhece ministro
ESTELA SILVA/Lusa
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Nunca houve tantos alunos colocados em Medicina, mas faltam médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e há demasiados doentes nos serviços de urgência, com tempos de espera muito acima dos recomendado.

O ministro da Saúde esteve esta manhã de quarta-feira em Coimbra, na cerimónia do internato médico e da residência farmacêutica, onde garantiu que estão a ser criadas alternativas para aliviar a pressão nos hospitais.

“Quando há afluxos muito grandes, como tem ocorrido em alguns dias, é mais difícil que esse atendimento seja feito de forma pronta. (...) Estamos a procurar mecanismos alternativos”, disse Manuel Pizarro, destacando que "os centros de saúde estiveram abertos e fizeram 356 atendimentos, o que quer dizer que conseguimos que um terço das pessoas fossem atendidas nos cuidados de saúde primários e é isso que temos que fazer progressivamente"

Apesar dos relatos de caos em vários hospitais e de reconhecer que este é um problema que existe há anos, o governante insiste que está em marcha uma reforma no SNS com a criação de 222 novas unidades de saúde familiares, mas avisa que demora tempo a surtir efeito.

“Estas mudanças não produzem todos os seus resultados no dia a seguir à sua implementação, precisamos seguramente de meses para conseguir consolidar um novo modelo, mas que crie portas de entrada no SNS, alternativas e de qualidade para todos os portugueses”, destacou o ministro.

Entre 26 de dezembro e 2 de janeiro, a Linha Saúde 24 atendeu mais de 62 mil chamadas, mas o ministro da Saúde reforça o apelo para que as pessoas contactem o 808 24 24 24 antes de saírem de casa.

Quanto às ambulâncias retiras em alguns hospitais, Manuel Pizarro diz não compreender a situação: “Tem de ser resolvido e a expectativa que tenho é que o trabalho que a direção executiva do SNS está a fazer com os hospitais permitam encontrar uma solução para um problema mais difícil de compreender”.

O ministro da Saúde garante que o programa de vacinação foi um sucesso, mas prevê que por causa da gripe as próximas duas semanas ainda sejam difíceis.