No Norte de Portugal, a situação mais preocupante continua a ser o Hospital de Penafiel. Há 100 doentes internados na urgência e nos corredores de vários serviços do hospital à espera de uma cama no internamento. A Ordem dos Enfermeiros denuncia também casos de doentes com gripe A internados no serviço de ginecologia e obstetrícia, onde estão grávidas e recém-nascidos.
Instalações a rebentar pelas costuras e macas que se acumulam um pouco por todo o hospital. No Padre Américo, em Penafiel, estão internados 75 doentes nos corredores da urgência e 25 em macas em corredores de vários serviços à espera de uma vaga no internamento
A situação é ainda mais preocupante na ginecologia e obstetrícia.
Para já, os tempos de espera na urgência estão controlados, mas mantém-se a pressão elevada por causa da falta de vagas nas enfermarias.
As 520 camas do hospital estão ocupadas durante todo o ano e neste momento estão também lotadas as 200 camas contratualizadas com os setores privado e social.
Perante um cenário que se repete de doentes em macas nos corredores, a Ordem dos Enfermeiros avisa que está em causa a segurança, higiene dos doentes, mas também a qualidade do serviço.
Até agora, a Unidade Local de Saúde do Tâmega e Sousa transferiu para o hospital militar apenas quatro doentes ao abrigo do plano de contingência anunciado pela direção executiva do SNS.
A Ordem dos Enfermeiros pede uma estratégia em rede entre público, privado e social. Acelerar as altas dos utentes que não estão internados por indicação médica e cancelar cirurgias programadas são outras alternativas para libertar espaço no hospital.
Questionada pela SIC, a administração do hospital não revelou o que está a ser feito para mitigar este cenário que se agudizou com a pandemia de gripe.