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Madeira: PCP quer eleições "o quanto antes" para mudar a política da região

Paulo Raimundo sabe dos preceitos constitucionais, mas esclarece que isso não impede Marcelo Rebelo de Sousa de esclarecer que vai convocar os madeirenses às urnas.

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O secretário-geral do PCP pediu, novamente, eleições na Madeira o mais rápido possível. Paulo Raimundo disse que é preciso mudar a política da região.

“Nós sabemos que preceitos constitucionais não permitem eleições amanhã, mas tem de ficar claro que elas sejam o mais rápido possível dentro dos prazos legais. O Presidente da República tem de olhar para as questões formais mas não pode deixar de olhar para a situação criada. Haver ou não orçamento não é uma questão, nunca foi também não nas eleições da República. Não é mudar protagonistas, é mudar protagonistas e política”, realçou o líder do PCP, Paulo Raimundo.

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, considerou também a semana passada que não há condições para a atual coligação continuar a governar a Madeira, apelando ao Presidente da República para avançar com eleições regionais antecipadas.

Relembre-se que as eleições na Madeira tiveram lugar no final de setembro de 2023.

O Expresso confirma que Marcelo Rebelo de Sousa entende que o futuro político da Madeira passará por eleições antecipadas. No entanto, só poderá fazê-lo depois de 24 de março, uma vez que a Madeira foi a votos em setembro passado e a Constituição diz que não podem realizar-se eleições nos seis meses seguintes. Se decidir avançar, Marcelo terá ainda de convocar os partidos com assento parlamentar no Governo Regional e os conselheiros de Estado.

A Crise Política na Madeira

Pedro Calado, Avelino Farinha e Custódio Correia foram detidos na passada quarta-feira, na sequência de cerca de 130 buscas domiciliárias e não domiciliárias efetuadas pela PJ sobretudo na Madeira, mas também nos Açores e em várias zonas do continente.

A operação também atingiu o presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, que foi constituído arguido e oficializou na segunda-feira a renúncia ao cargo, que tinha anunciado na sexta-feira.

Em causa estão suspeitas de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência, segundo a PJ.