Os três detidos no âmbito de uma operação contra a corrupção na Madeira deverão começar a ser ouvidos a partir das 09:30 de quarta-feira no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, de acordo com os advogados dos arguidos.
A informação foi dada aos jornalistas pelos advogados de dois dos detidos, à saída do tribunal, no Campus de Justiça, que adiantaram ainda que o dia foi marcado por formalismos e durante a tarde foram lidos os factos aos arguidos.
Os arguidos estiveram em pé a ouvir a leitura dos factos, que durou cerca de quatro horas, apesar de pelo menos um dos advogados, Paulo Sá e Cunha, que defende o ex-autarca do Funchal, Pedro Calado, ter manifestado que "era desnecessário".
"Amanhã daremos início aos interrogatórios, espero eu", disse o advogado, afirmando ter "esperança de que até ao final da semana os interrogatórios estejam concluídos".
Questionado sobre se, devido à demora de todos os procedimentos, seria possível uma libertação antecipada dos detidos, para que aguardassem fora do estabelecimento prisional os interrogatórios e o conhecimento das medidas de coação, Paulo Sá e Cunha referiu que isso seria "uma ótima ideia".
"Era plenamente justificado. Eu gostava que fosse o Ministério Público a promover isso", disse.