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Plano das migrações: algumas regras partiram da PJ e pretendem "estancar" imigração ilegal

Luís Neves, diretor nacional da PJ, diz que a PJ tem "centenas de inquéritos" sobre imigração ilegal e organizações criminosas que utilizam o imigrante "como mercadoria".

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O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ), Luís Neves, diz que algumas das medidas apresentadas no plano para as migrações partiram da própria PJ. Numa conferência sobre cibersegurança, em Lisboa, Luís Neves garantiu que as novas regras vêm facilitar o trabalho.

"É no caminho de facilitar o nosso trabalho. Nós temos centenas de inquéritos relativamente a questões de auxílio à imigração ilegal e de organizações criminosas que utilizam o imigrante como mercadoria", refere o responsável.

O diretor nacional da PJ considera que há medidas que vão "estancar essa atividade".

"Mais importante que isso é procurar que quem se encontra em território nacional e que aqui quer trabalhar e ter um projeto de vida possa ter um documento que lhe permita ter toda a segurança", afirma.

Luís Neves acrescenta que o programa para as migrações tem medidas que partiram da PJ e do Ministério da Justiça.

O Governo apresentou na segunda-feira o novo plano de ação para as migrações. Num documento com 41 medidas, destacam-se a extinção do designado procedimento de Manifestação de Interesse - que, segundo o Executivo, “passou a permitir uma entrada sem regras” - e a reestruturação da AIMA.

A partir de agora, será necessário um contrato de trabalho para obter um visto de residência.

Será ainda criada a Unidade de Estrangeiros e Fronteiras (UEF) na PSP, responsável pelo controlo de fronteiras, de retorno e de fiscalização em território nacional.