Na sequência da morte de 11 pessoas por alegadas falhas no socorro prestado pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), a ministra da Saúde apontou que o instituto "está a fazer muita coisa que não é a sua função" e garantiu que irá manter-se no cargo enquanto o primeiro-ministro entender. O Ministério Público (MP) abriu oito inquéritos (um deles já arquivado). Ana Paula Martins estará a aguardar pelo resultado dos relatórios para decidir se permanece ou não à frente da pasta da Saúde.
Francisco Goiana da Silva defende que, perante esta polémica, várias personalidades ligadas ao ministério da Saúde e ao INEM deveriam ter colocado o seu lugar à disponibilidade da própria ministra. O médico e comentador da SIC volta a mencionar os nomes do presidente do INEM e da secretária de Estado da Gestão da Saúde.
"Será que a escolha desta secretária de Estado, que não tinha experiência na Gestão da Saúde, foi de Ana Paula Martins? Terá sido do primeiro-ministro? Terá sido uma escolha política?", questiona Francisco Goiana da Silva.
"Nunca é bom haver uma demissão de uma ministra da Saúde porque queremos poupar responsabilidades de níveis inferiores na cadeia de decisão", acrescenta.
No habitual espaço de análise na SIC Notícias, Francisco Goiana da Silva analisa a abertura de concurso para a seleção de um novo presidente do INEM, as exigências do Bloco de Esquerda (BE) quanto à demissão da equipa ministerial da Saúdee os prejuízos previstos para o SNS em 2025.