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Sob forte segurança: o segundo dia de julgamento da Operação Pretoriano

Depois de ter sido ouvido Fernando Madureira, antigo líder dos Super Dragões, foi a vez de escutar Fernando Saúl, antigo funcionário do FC Porto. Isto depois de Vítor Catão, outro dos arguidos, ter sido ameaçado à porta do tribunal.

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Sob fortes medidas de segurança, está a decorrer o segundo dia de julgamento da Operação Pretoriano. Esta segunda-feira, Vítor Catão, um dos arguidos, foi insultado e ameaçado à saída do tribunal. 

Fernando Madureira foi, mais uma vez o primeiro a chegar ao São João Novo, onde, esta manhã, se mantinham os cortes de rua, a forte presença da PSP, e o reforço do GISP, o Grupo de Intervenção e Segurança Prisional. É o único com transporte até ao tribunal, prerrogativa por estar em prisão preventiva. 

O forte dispositivo de segurança de nada serviu, quando Vítor Catão saiu do tribunal, esta segunda-feira, ao final do dia. O arguido na Operação Pretoriano diz ter sido insultado e ameaçado. 

Vítor Catão, que foi notícia por ter dado aos investigadores o código de acesso ao telemóvel onde guardava as mensagens trocadas na noite da assembleia-geral, optou por não prestar declarações no início do julgamento. O mesmo fizeram Sandra Madureira e mais dois arguidos. 

O Ministério Público tinha pedido um julgamento à porta fechada, com a audição de testemunhas sem arguidos, nem público na sala, mas o coletivo de juízes recusou. Terão de ser as testemunhas a pedir, se não quiserem depor perante os acusados. Os advogados de defesa estão confiantes em relação aos depoimentos. 

Esta manhã, o Tribunal ouviu Fernando Saúl. O antigo funcionário do Futebol Clube do Porto, oficial de ligação aos adeptos, garantiu que não participou nos desacatos e até tentou acalmar os ânimos. Antes da assembleia, afirma, alertou mesmo para a necessidade de reforçar a segurança. Quanto às mensagens que a procuradora tem citado textualmente com todo o vernáculo inerente, insiste que não diziam respeito à assembleia-geral, mas a um problema pessoal com um adepto do clube.  

Esta segunda-feira foi também ouvido Fernando Madureira. O depoimento de três horas resume-se em três frases: o antigo líder dos Super Dragões garante que não participou nos desacatos, que não se lembra das mensagens trocadas no grupo da claque e que tudo foi tudo criado pela máquina de campanha de André Villas-Boas para ganhar as eleições.