País

Debate aceso sobre alterações à lei da nacionalidade termina sem votação e é remetido à especialidade

O parlamento discutiu esta sexta-feira as propostas do governo para apertar a imigração. Mas as alterações à lei da nacionalidade e dos estrangeiros acabaram por não ser votadas. No final de um debate tenso, o governo pediu que fossem remetidas à especialidade para que aí possam ser aprovadas.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, reage na sessão plenária sobre a Lei da Nacionalidade, no sentido de restringir a aquisição da nacionalidade portuguesa e assegurar a possibilidade da sua perda em determinados casos, na Assembleia da República, em Lisboa, 04 de julho de 2025.
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Foi só no minuto final do debate das alterações à lei da nacionalidade que o governo, que defendera durante mais de uma hora um aperto à imigração, aceitava que esta e outras restrições à entrada de estrangeiros não tivessem uma primeira votação, para no detalhe procurar aprová-las.

No fim, todos reclamam uma parte, mas foi preciso esperar pelo fim e por esgotado o tempo para discutir argumentos, ver o debate inflamar quando André Ventura disse nomes estrangeiros de alunos de escolas em Portugal.

A discussão extrapolara as alterações à lei da nacionalidade, as que a esquerda diz que aproximam o governo do Chega, e o entendimento que o Chega faz depender do governo aceitar uma proposta.

Bloco de Esquerda e PCP votaram, aliás, contra a baixa à Especialidade das propostas do Governo e do Chega, que partem para a discussão final e eventuais mudanças que permitam que as decisões do conselho de ministros sejam aprovadas.