Nas primeiras duas semanas desde que começou a dar apoio ao helitransporte de doentes, a Força Aérea fez apenas cinco transportes, apesar de o Centro de Orientação de Doentes Urgentes ter feito 14 pedidos.
O Expresso teve acesso aos números e explica que os transportes que não foram feitos ocorreram porque se percebeu que não eram viáveis, pois a resposta seria demasiado demorada.
O INEM diz que têm de ser avaliados aspetos como os meios disponíveis em cada momento e outras condições, como o tempo, a distância a percorrer, por ar ou terra, e o conforto do paciente. No entanto, as dimensões dos helicópteros e aviões, que não podem aterrar na maioria dos heliportos dos hospitais, travam a intervenção da Força Aérea.
O INEM também garante que é sempre encontrada uma solução com o menor impacto possível para a saúde do utente e que foi isso que aconteceu nos 9 casos em que a Força Aérea não pôde responder.
A Força Aérea foi chamada a dar apoio porque o concurso feito por ajuste direto com a Gulf Med ainda está a meio gás e não prevê o helitransporte durante a noite.
No período da noite, a Força Aérea só tem disponíveis dois helicópteros que só conseguem aterrar num hospital do país. Outros dois aviões precisam de pista para descolar ou aterrar.