Entre os vários temas que têm marcado a atualidade, o primeiro-ministro comentou, em entrevista à Antena 1, as polémicas demolições de barracas no concelho de Loures e, também, a questão da imigração. Se em relação a Loures, diz que é preciso encontrar soluções para os desalojados do Bairro do Talude, no que há imigração diz respeito, rejeita qualquer influência do Chega nas políticas do Governo.
Afastando a ideia de que a imigração seja tema dominante neste início de legisltura, o primeiro-ministro chama ao executivo a dianteira do processo para assegurar que não houve quaisquer cedências ao partido de André Ventura
“O Governo não cedeu a nada, o Governo tomou a iniciativa. Vamos recolocar a questão como ela deve colocada (…) Nas eleições, a tomada de posição que os portugueses tiveram (…) de uma forma generalizada, podemos concluir que desejam ter uma política de imigração mais regulada, mais controlada e que dignifique mais aqueles que para aqui vêm”, defendeu.
Em matéria de imigração, Luís Montenegro diz-se influenciado não pelo Chega mas sim pelos portugueses. O Governo segue tranquilo e seguro da solução juridica encontrada para a nova lei dos estrangeiros sem temer que Belém puxe o travãoao diploma
“Creio que é muito exagerado estar a anunciar que o Presidente da República se preparar para fazer o que quer que seja sobre esta lei. (…) É natural que mereça uma apreciação aporofundada do Presidente, mas estamos muito tranquilos quanto a isso”, assegurou o chefe do Governo.
Uma palavra de compreensão ao autarca de Loures
Em entrevista à Antena 1, o líder do Executivo falou pela primeira vez sobre a polémica demolição de barracas no Bairro do Talude, em loures. O socialista Ricardo Leão tem sido alvo de críticas internas, mas do primeiro-ministro e líder do PSD veio uma palavra de compreensão.
“Alguma coisa tem de ser feita para evitar, por um lado, que seja normal as pessoas construírem as barracas e viverem em condições desumanas, isso não pode ser normal. É preciso também mostrar alguma capacidade dissuasora. Compreendo que é preciso tomar medidas mas, do outro lado, é preciso ter capacidade para poder dar uma solução e não deixar as pessoas sem teto. É preciso ter políticas sociais”, defendeu.
Responsabilidades às quais, garante, o Governo tem procurado responder neste e em outros municípios. Luís Montenegro reconhece a complexidade do problema e mostra disponibilidade para se reunir com os autarcas envolvidos.