A dificuldade de escoamento das uvas no Douro está a obrigar a repensar as culturas agrícolas na região. Os produtores que anteciparam problemas e substituíram as vinhas por outras produções dizem que não foi fácil, mas está a valer a pena.
José Narciso é mais um produtor com dificuldade para vender as uvas no Douro, no entanto foi previdente e acredita que foi em boa hora que desistiu da expansão da vinha em Sabrosa e optou antes por plantar 300 amendoeiras.
Do seu local de cultivo, José e o filho tiram cerca de uma tonelada e meia de amêndoas. De início não davam grande rendimento e decidiram, então, transformar o produto e vender em feiras na região.
A família de Alexandre Botelho optou por substituir uma vinha antiga por um souto. Agora, perdem as contas aos castanheiros que tomaram conta de 15 hectares em Celeirós do Douro
No ano passado saíram daqui cerca de 10 toneladas de castanhas, mas fazer uma mudança destas na produção requere um investimento que não é para todos.
Para já estão a colher os frutos da mudança. Os produtores lembram, no entanto, que a marca da paisagem do Douro é a vinha e é preciso manter viva a região demarcada mais antiga do mundo.