A produção de azeite, no ano passado, foi a segunda maior de sempre e a campanha da amêndoa bateu recorde, posicionado Portugal como o segundo maior produtor da União Europeia.
De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística, 2024 foi, grosso modo, um bom ano agrícola.
O tempo húmido favoreceu as pastagens e os cereais de outono/inverno apresentaram boa produtividade. A produção de batata e hortícolas também aumentou, mas foi nas culturas permanentes que se verificou maior rendimento.
O azeite destaca-se com a segunda maior produção de sempre, que ascendeu às 180 mil toneladas.
Depois de ter atingido preços recorde nos últimos dois anos, este aumento de produção já fez baixar o custo do azeite, embora no início do verão tenha sofrido um aumento de 16%, mas a tendência é que estabilize.
Também a campanha da amêndoa teve bons resultados com a produção de 91 mil toneladas a bater recordes, posicionando Portugal como o segundo maior produtor da União Europeia, a seguir a Espanha. Isso deve-se, sobretudo, às novas plantações do Alentejo.
Na fruticultura, os resultados foram diferentes: a maçã e a laranja recuperaram de más campanhas, mas a cereja sofreu nova quebra acentuada de 35%. A vinha foi prejudicada por uma forte pressão de doenças e fenómenos climáticos adversos.
No setor florestal, o número de incêndios rurais foi o menor dos últimos 20 anos, mas a área ardida foi maior, colocando 2024 como o terceiro ano mais severo da última década.