Farid Shvro é trabalhor de uma loja perto do local onde o Elevador da Glória descarrilou. Relata que logo que ouviu "um grande estrondo" saiu para ver o que tinha acontecido. Ao chegar perto do funicular - que estava totalmente destruído - ouviu uma criança chorar.
"Quando chegamos lá vimos muitos corpos espalhados", relembra. "Depois, o meu colega pegou na criança que estava a chorar. A situação era muito difícil porque os corpos estavam inanimados."
"As pessoas tentavam ajudar, mas estavam todos mortos", relata.
Farid explica que quando a polícia chegou tentaram vedar o acesso à área e, a pedido das forças policiais, tiveram que sair de lá.
O último balanço das autoridades aponta para 17 mortos e 21 feridos. O Instituto de Medicina Legal reforçou as equipas para acelerar as autópsias, que garante estarem concluídas até ao final da manhã de quinta-feira.
O Governo decretou um dia de luto nacional e Carlos Moedas três para Lisboa na sequência do acidente que é já manchete em jornais de referência pelo mundo fora.