Como sabem, o genérico é assinado por Márcia e conta com a colaboração de Tomara. Os retratos são da autoria de José Fernandes. E a sonoplastia deste podcast é de João Ribeiro.
António Costa Silva (parte 2): “Fui preso político e submetido a torturas colossais em Luanda. O objetivo era acordar vivo e resistir”
Nesta segunda parte do podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”, o antigo ministro da Economia, António Costa Silva, fala de como o seu último romance “Desconseguiram Angola” é um grito de revolta e uma denúncia dos horrores da guerra, em todas as latitudes e geografias. Depois deixa críticas ao poder angolano e dá conta de como os sonhos roubados na sua juventude podem ser resgatados. E ainda fala de como conheceu o amor da sua vida, a Luísa, partilha músicas e sugestões culturais, revela o que anda a escrever e lê um excerto do livro de ficção científica “Fahrenheit 451”, de Ray Bradbury. E mostra-nos como a literatura é, por vezes, um oráculo sobre os tempos distópicos que vivemos. Boas escutas!
José Fonseca Fernandes
Episódios
Ricardo Pais (parte 2): “Há uma ‘fantasmatização’ do meu universo artístico. Há criadores que me imitam com más cópias. Isso inquieta-me” Ricardo Pais: “Vivi na ideia de que não era amado. Uma forma de inflacionar a autoestima, convencido de que era especial. Caganças!” Romeu Costa (parte 2): “Há anos despedi-me de um amigo com um beijo na boca. Depois atiraram-me pedras. O que leva jovens a essa violência?” Romeu Costa (parte 1): “Ainda não está claro para as pessoas que tantos deputados da extrema direita significam passos atrás na democracia” Manuel Pureza: “Termos medo do que está a acontecer no país é bom, para fazermos melhor. Se resistir é vencer, criar é mais do que isso” Manuel Pureza: “Tenho o direito de me sentir ofendido, mas não de parar uma piada. A graça, se for má, perde público e envelhece mal” Madalena Sá Fernandes (parte 2): “Estou inquieta com os incêndios. A incompetência deixa-me irritada. Como estamos sempre nisto?” Madalena Sá Fernandes: “Sou favorável a que a mulher denuncie as violências que sofre. Mas sei o medo, a vergonha e a culpa que gera” Rita Cabaço (parte 2): “Não me surpreende que a Cultura tenha deixado de ter um Ministério só seu. Mas revolta-me” Rita Cabaço (parte 1): “É importante rirmo-nos de nós próprios. Somos todos ridículos”