Como é que a presença de tropas russas na Moldova, na Geórgia e na Ucrânia, ainda em guerra, impacta o caminho destes países até a UE?

O alargamento da União Europeia aos Balcãs Ocidentais é um tema antigo, com avanços e recuos e muita frustração à mistura, principalmente para as populações que veem a adesão à UE como um caminho para um maior desenvolvimento económico, social, político, um garante dos seus direitos, uma esperança de maior integração com o Ocidente e continuam a ser deixadas à margem, ano após anos, enquanto Bruxelas discute os méritos de cada candidato. E chegada da guerra da Ucrânia veio incluir mais três países nesta rota: Moldova, Geórgia e a própria Ucrânia.

O que justifica uma espera tão longa? Quais são os problemas comuns a estes países candidatos? Há uns que estão mais próximos do que outros de entrar na UE? E devemos esperar que estejam todos mais ou menos ao mesmo nível ou ir admitindo os que vão completando as etapas e se vão aproximando mais dos padrões europeus?

E como é o que o facto de haver forte presença de tropas russas na Moldova, na Geórgia e na Ucrânia, que está ainda em guerra aberta, impacta o caminho destes países até à UE?

Para discutirmos todas estas questões, quando voltamos a ver protestos na Geórgia, com uma população jovem profundamente europeísta em luta contra um Governo com ideias próximas das de Moscovo, e depois de António Costa, no primeiro discurso como Presidente do Conselho Europeu, ter eleito o alargamento como prioridade, este episódio de O Mundo a Seus Pés conta com a participação do jornalista da secção de Internacional Hélder Gomes, que esteve na Albânia em reportagem, um dos países candidatos, e Marta Mucznik, investigadora no International Crisis Group e especialista em processos de adesão à UE.