O PCP garante que o Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022), tal como está, é mesmo para votar contra e recusa estar a fazer truques. João Oliveira, líder da bancada parlamentar comunista, foi entrevistado esta segunda-feira por Bernardo Ferrão, no Polígrafo SIC.
"Mas porque motivo é que haveríamos de fazer isso? Não consigo encontrar motivo nenhum para fazer isso. O País continua a ter problemas enormíssimos para resolver, nós continuamos a debater por soluções", realça João Oliveira.
Nas últimas semanas, o primeiro-ministro garantiu humildade nas negociações,
mas afinal essa porta pode nem estar aberta.
"Tem tido reuniões com o primeiro-ministro? Isso é um elemento que nós não queremos agitar para não ficar a coreografia a sobrepor-se às substancias das coisas", refere João Oliveira.
"Em relação ao futuro estamos perfeitamente convictos que a intervenção que estamos a fazer é correspondendo ao nosso principal compromisso que é com os trabalhadores e com o povo. O voto do PCP é não. O ponto em que estamos, desde a semana passada até a discussão na generalidade, o Governo tem tempo e espaço para dar resposta que ainda não deu"
E se a porta não está aberta, João Oliveira diz a culpa é de quem não a quer abrir. O momento, diz o deputado comunista, é para negociar e pensar nas respostas. Quanto a eventuais eleições, não há medos, mas esta não é a altura.
"Não estamos a pensar em eleições, se houver não nos amedronta. A questão essencial é que não estamos em momento de discutir isso. O momento em que estamos não é de eleições. Houve declarações que precipitaram essa discussão, mas o momento em que estamos é de construir soluções".
"Não estamos a trabalhar para eleições. Estamos a discutir aumentos salariais, habitação, e um conjunto de matérias", sem medos, o PCP garante que não vai poupar esforços nas negociações do Orçamento do Estado.
A PÁGINA DO POLÍGRAFO SIC
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