A literacia na saúde é bastante importante, sobretudo no que toca ao cancro. É necessário desfazer mitos e combater ideias preconcebidas sobre a doença. Esse é o objetivo da iniciativa "Tratar o Cancro por Tu", que regressa para uma segunda edição.
A palavra “cancro” tem uma carga negativa mas deve, mesmo assim, ser usada sem medo, refere José Carlos Machado, vice-presidente do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup).
“Quando alguém morre por cancro ainda há a dificuldade em dizer a palavra ”cancro" ", acrescenta.
Ideias como esta devem ser combatidas e desmistificadas, uma vez que esta doença “não é uma sentença de morte”, já que “mais de metade das pessoas diagnosticadas com cancro” ficam curadas.
O cancro não escolhe género, classe ou idade e pode chegar a qualquer um. Quando os doentes são crianças a comunicação dos profissionais de saúde deve ser clara e honesta.
Maria Bom-Sucesso, coordenadora de oncologia pediátrica do Hospital de São João, garante que os médicos não “escondem nada”, apenas adaptam a informação à idade e maturidade do doente.
Conhecer a doença é fundamental
Conhecer a doença de que se é portador é fundamental para um tratamento de sucesso.
“Um doente que compreende a sua doença é um doente melhor”, afirma José Carlos Machado.
Informar e combater mitos é o principal objetivo da iniciativa “Tratar o cancro por tu” que, a partir desta quinta-feira, vai percorrer seis cidades do país, começando no Porto.