O Presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, classifica como positiva a tentativa de um consenso entre o PS e o PSD para resolver alguns problemas do país.
José Pedro Aguiar-Branco foi questionado, esta tarde, no Parlamento, após a votação na eleição para a liderança da bancada do PSD, em relação às cartas trocadas entre o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos.
“Tudo aquilo que possa contribuir para que haja um diálogo sério, transparente, e que contribua para os consensos, acho que é positivo”, declarou Aguiar-Branco.
Pedro Nuno Santos enviou, esta segunda-feira, uma carta a Luís Montenegro, na qual manifestava “o interesse do Partido Socialista em trabalhar em conjunto com o Governo com o objetivo de construir um acordo que permita encontrar soluções”, em sede de “orçamento retificativo”.
Este acordo, sublinhava o líder do PS, deveria passar pela valorização das carreiras dos funcionários da Administração Pública, em especial os professores, os profissionais de saúde, as forças de segurança e os oficiais de justiça.
Cinco horas depois, chegou a resposta do primeiro-ministro, que elogiou o “exercício de responsabilidade” e o “compromisso” assumidos pelo líder socialista.
No entanto, Luís Montenegro fez questão de sublinhar que seria o Governo a ditar os prazos para as conversações e de lembrar a Pedro Nuno Santos que as negociações com os profissionais que terão de ser feitas são de “elevada complexidade” pela “experiência infrutífera nesse domínio dos últimos governos” socialistas. Uma resposta que, aos olhos do secretário-geral do PS, se pautou por “arrogância”.