Coronavírus

Livrarias podem estar abertas se venderem ao postigo

As medidas de emergência implicaram o fecho de algumas lojas, incluindo pequenas e grandes livrarias.

Livrarias podem estar abertas se venderem ao postigo

As livrarias podem estar abertas ao público durante o estado de emergência, se fizerem as vendas através de um postigo, afirmou hoje a ministra da Cultura, Graça Fonseca, à agência Lusa.

“É possível. Naquilo que foram as medidas para o estado de emergência, nada, pelo contrário, proíbe que uma livraria possa vender à porta, no postigo”, sublinhou a ministra, assumindo que os livros são também um bem de primeira necessidade.

A imposição do estado de emergência, para conter a pandemia da doença Covid-19, incluiu medidas restritivas de circulação no país e levou à paralisação de vários setores da economia portuguesa, incluindo também o tecido empresarial da cultura.

No caso particular do setor livreiro, várias pequenas livrarias independentes encerraram ao público, o mesmo acontecendo com duas das maiores cadeias de vendas de livros - Bertrand e FNAC.

Algumas editoras suspenderam a produção de novidades e viraram-se para as vendas ‘online’, em alguns casos, praticando descontos para conseguirem sobreviver.

A isto acrescenta-se ainda o anúncio da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) de adiar a Feira do Livro de Lisboa de maio “para as últimas semanas de agosto, início de setembro”.

Questionada pela agência Lusa sobre um apoio da tutela ao setor livreiro, Graça Fonseca recordou que “muitas das medidas que o Governo já aprovou aplicam-se transversalmente a empresas e a cooperativas” também do setor cultural.

“É muito importante que o setor do livro analise para ver a aplicabilidade das medidas”, disse.

A ministra apelou ainda a que os agentes do setor livreiro recorram à página www.culturacovid19.gov.pt para colocar todas as questões relacionadas com as medidas já apresentadas.

O último balanço da pandemia no mundo

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 341 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a OMS a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 5.476 mortos em 59.138 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.

Os mais recentes números em Portugal

O número de mortes associado à covid-19 subiu para as 23 e os casos de infeção são 2060, mais 460 que no domingo, segundo o boletim epidemiológico da DGS divulgado ao final da manhã.

Dos infetados, 201 estão internados, 47 dos quais em unidades de cuidados intensivos.

Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.

Além disso, o Governo declarou na terça-feira o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.

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