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Venezuela decreta sete dias de luto nacional pela morte do Presidente Hugo Chávez

A Venezuela decretou sete dias de luto nacional pela morte do Presidente Hugo Chávez. O funeral está marcado para sexta-feira.

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© Carlos Garcia Rawlins / Reuters
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Até lá, o corpo vai ficar na Academia Militar de Caracas.

Os governos de Cuba e do Equador também já anunciaram três dias de luto.

Hugo Chávez morreu aos 58 anos, depois de quatro cirurgias e de uma longa batalha contra o cancro.

As cerimónias fúnebres vão ser públicas e já foram convidados diversos líderes estrangeiros.

Logo que foi conhecido o anúncio da morte do Presidente, as ruas de Caracas foram-se enchendo de gente.

A Venezuela vai a eleições daqui a um mês. Em caso de morte, a Constituição do país prevê que a presidência interina seja assumida pela presidente do Parlamento, Diosdado Cabello. Mas o ministro dos Negócios Estrangeiros, Elías Jaua, já anunciou que será Nicolas Maduro a assumir o cargo de Presidente. Maduro é casado com a actual procuradora geral da Venezuela, Cilia Flores, a advogada que lutou pela libertação de Chavez durante a revolução.

"É um momento de profunda dor"

Hugo Chávez foi Presidente da Venezuela durante 14 anos. O líder, que tinha 58 anos, sofreu quatro operações em Cuba de um cancro que foi detetado, pela primeira vez, na zona pélvica, em meados de 2011. A última cirurgia ocorreu a 11 de dezembro e Chávez não mais foi visto em público.

"É um momento de profunda dor", afirma Maduro.

A morte de Chávez vai devastar milhões de apoiantes que adoravam o seu estilo carismático, anti-EUA e as políticas que trouxeram alimentos subsidiados e clínicas gratuitas.O líder foi visto, muitas vezes, como um ditador egocêntrico.

A morte de Hugo Chávez abre caminho para novas eleições que vão ser encaradas como um teste para a "revolução" socialista.

Uma luta de quase dois anos

O Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, morreu após uma luta de quase dois anos contra um cancro, um período  durante o qual se sujeitou a quatro intervenções cirúrgicas.

Diagnosticado em junho de 2011, Chávez foi sujeito a quatro operações,  todas em Havana, a última a 11 de dezembro de 2012, dois meses depois de  ter sido reeleito para o seu terceiro mandato como Presidente da Venezuela.

Chávez nem sequer chegou a tomar posse como Presidente, ficando o lugar  assegurado pelo seu "número dois", Nicolás Maduro, numa decisão autorizada  pela Justiça venezuelana até que os problemas clínicos ficassem resolvidos.

O cancro foi diagnosticado depois de uma intervenção de urgência em  Havana, a 10 de junho de 2011, a um abcesso inguinal. 

A partir do mês seguinte, Chávez viajou regularmente para Cuba, onde  foi sujeito a tratamentos de quimioterapia e a posteriores operações. 

A 07 de outubro conseguiu uma vitória eleitoral, sendo reeleito para  o terceiro mandato e a 27 de novembro pediu à Assembleia Nacional para se  ausentar do país para novos tratamentos, tendo sido sujeito a uma última  operação a 11 de dezembro passado.  Entretanto, a oposição contestou a ausência do Presidente e reclamou  a sua presença no país ou a repetição das eleições. 

Contudo, o Supremo Tribunal considerou que não é necessário que Chávez  faça o juramento no dia 10 de janeiro, sustentando que o Governo em exercício  pode prolongar as suas funções. 

No dia 18 de fevereiro, Chávez regressou à Venezuela e ficou internado  no Hospital Militar de Caracas, mas no dia 04 de março o Governo confirmou  uma nova infeção respiratória, que o estava a debilitar 

Hoje, o vice-Presidente começou por reconhecer a situação crítica de  Chávez e sugeriu que a doença possa ter sido "causada" pelos "seus inimigos  históricos. A morte veio a ser confirmada às 20:55, em Lisboa.