Crise na Ucrânia

Alto responsável de Kiev denuncia "invasão armada" russa

Um alto responsável de Kiev denunciou hoje a “invasão armada” da Crimeia por mais de dois mil soltados aerotransportados em Simferopol, capital da república autónoma do sul da Ucrânia.

(Reuters)
© David Mdzinarishvili / Reuters

"Estamos hoje a assistir a uma invasão armada russa. O espaço aéreo da Crimeia está encerrado devido ao grande número de aterragens de aviões e helicópteros russos", declarou o representante do Presidente ucraniano, Serguii Kunitsyn, à estação televisiva ART.   

Serguii Kunitsyn estima que tenham sido aerotransportados cerca de dois mil militares russos: "Treze aviões russos aterraram no aeroporto de Gvardeyskoye (perto de Simferopol), com 150 pessoas em cada um" .

Momentos antes, o Governo ucraniano tinha enviado uma nota de protesto à Rússia pela violação do espaço aéreo e pela mobilização de tropas e por dez blindados da base da frota russa do Mar Negro terem abandonado os respetivos quartéis e se terem dirigido para a capital da Crimeia.

De acordo com os media locais, a Rússia tinha pedido autorização para que apenas três helicópteros atravessassem a fronteira junto ao estreito de Kerch, que separa os dois países.

A Rússia tinha entregado, horas antes, uma nota informativa à Ucrânia sobre as mobilizações de veículos blindados pertencentes à frota do Mar Negro, que tem a sua base em Sebastopol, nos termos de um tratado bilateral que expira em 2042.    

A nota russa refere que as mobilizações de blindados estariam a responder à "necessidade de garantir a segurança dos lugares de saída da frota do Mar Negro na Ucrânia, o que decorre em estrita consonância com o acordo russo-ucraniano".    

No entanto, "o Governo ucraniano insiste no pedido de regresso imediato das tropas e equipamentos militares e de combate da frota russa do Mar Negro para os locais onde estão estacionados".

Com Lusa