A TAP recebeu esta sexta-feira a primeira tranche da ajuda pública, no valor de 250 milhões de euros.
A transferência foi feita horas depois do Governo ter aprovado, em Conselho de Ministros extraordinário, o apoio estatal à companhia.
Uma ajuda que pode chegar, no total, aos 1.200 milhões de euros.
Estado e David Neeleman assinam acordo formal
O Estado e David Neeleman assinaram hoje o acordo para a compra da participação de 22,5% do acionista norte-americano na TAP.
O Estado paga 55 milhões de euros a Neeleman e torna-se acionista maioritário da empresa, ao ficar com 72,5%.
O comunicado enviado esta sexta-feira ao regulador dos mercados dá conta de que, com o acordo assinado, está aberta a porta para o empréstimo público do Estado à TAP.
Horas depois, o Conselho de Ministros aprovou a concessão do empréstimo.
"O Conselho de Ministros aprovou hoje, por via eletrónica, a concessão de um empréstimo à Transportes Aéreos Portugueses, S.A. (TAP), no montante máximo de 1.200 milhões de euros, em conformidade com a decisão da Comissão Europeia [...] de 10 de junho de 2020, bem como as minutas dos respetivos contratos de financiamento e acordo complementar", indicou, em comunicado, o Governo.
Quão dolorosa vai ser a reestruturação? O ministro responde
"É evidente que uma intervenção deste montante implica - implicaria sempre - que nós fizéssemos um ajustamento na empresa", começou por dizer Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas, numa entrevista no Jornal da Noite da SIC no passado dia 3 de julho.
Admitiu, de seguida, que a reestruturação vai ter consequências, nomeadamente nas rotas, no número de aviões e nos custos com o pessoal, tal como já tinha dito o primeiro-ministro.
PARA QUANDO O PLANO?
Segundo Pedro Nuno Santos, o Governo tem seis meses para definir o plano de reestruturação para a companhia aérea nacional. Porém, quer tentar fazê-lo num prazo mais reduzido, admitindo sempre que irá demorar "alguns meses".
Veja abaixo a entrevista na íntegra: