Produzir energia está cada vez mais caro e, só no último mês, o valor mais do que duplicou. O Governo diz que vai fazer os possíveis para que o preço ao consumidor não suba no próximo ano.
"Temos uma vontade muito grande, sem qualquer promessa, em fazer com que a eletricidade não aumente", afirma o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes.
Pode não conseguir uma descida, mas o ministro garante que há formas de assegurar que, pelo menos, o preço não sobe no próximo ano.
"Temos muitas almofadas que estamos a utilizar e vamos utilizar. É obvio que o aumento da eletricidade na produção inibe a possibilidade de podermos reduzir o seu custo, temos é de facto outras almofadas para o poder contrariar".
O que vai ditar ou não o aumento do preço da eletricidade?
Tudo vai depender de como evolui o preço de produção da eletricidade e da proposta que a entidade reguladora fizer para o próximo ano.
Para já, o preço no mercado grossista da eletricidade não para de aumentar e mais do que duplicou em agosto. Passou de 61 euros no final de julho para 130 euros por megawatt/hora, nesta terça-feira.
Setembro vai começar com mais um recorde. Cada megawatt/hora vai custar mais de 132 euros.
Ainda assim, as elétricas com maior expressão em Portugal asseguram que, por agora, não vão aumentar os preços aos consumidores.
Vale eficiência para as famílias
O Ministério do Ambiente lançou esta terça-feira o vale eficiência. Trata-se de um vale com 1.300 euros mais IVA que as famílias podem utilizar para melhorar os isolamentos da casa e garantir consumos mais baixos de energia.
É destinado a famílias carenciadas, que usufruam da tarifa social de eletricidade. Podem inscrever-se até ao último dia do ano no portal do Fundo Ambiental.
O Governo tem 160 milhões previstos para a medida e quer distribuir 100 mil vales nos próximos quatro anos.
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