O Ministério do Trabalho garante que a Galp recusou uma proposta que poderia ter adiado o despedimento coletivo de quase 140 trabalhadores da refinaria de Matosinhos.
A solução passava por um programa de formação profissional, em que a empresa continuava a pagar os salários e os funcionários mantinham o contrato. Mas a Galp apresenta uma versão diferente desta história.
O jornal Público revela esta terça-feira que chegou a estar em cima da mesa uma proposta que poderia ter adiado esse desfecho. A iniciativa partiu do IEFP e consistia em criar um programa de formação à medida de cada um dos funcionários.
A Galp terá recusado aceitar as contrapartidas exigidas. Contactado pela SIC, o Ministério do Trabalho confirma não só a proposta, mas também a recusa da empresa.
Já a Galp apresenta uma versão diferente. Diz que a possibilidade de ser dada formação aos trabalhadores implicava a suspensão dos contratos pelo que os funcionários não teriam acesso nem a salário, nem a subsídio de desemprego e sublinha ainda que continua disponível para encontrar soluções em conjunto com o Ministério do Trabalho.
Sobre a proposta em causa, a comissão de trabalhadores está do lado do Governo. Ainda assim, estranha o momento em que estes novos dados foram revelados, dias depois de António Costa atacar a Galp e ser acusado de nada ter feito antes para evitar os despedimentos.
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