Economia

Polémicas na TAP desde que tomou posse a administração de Christine Ourmières-Widener

A transportadora aérea tem o plano de restruturação a correr e a privatização à vista.

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A administração da TAP está no topo das notícias desde que tomou posse, em junho de 2021. Cortes nos salários e direitos dos trabalhadores, greves, a contratação de uma amiga da presidente executiva para um cargo de direção e a renovação da frota automóvel de luxo juntam-se à indemnização milionária da antiga vogal, a recém demitida secretária de Estado do tesouro, Alexandra Reis.

A relação entre a presidente da TAP e os sindicatos não tem sido fácil e as declarações de Christine Ourmières-Widener sobre a greve não ajudaram.

"Uma greve será um desastre porque vai prejudicar todo o bom trabalho que tem sido feito por todos os funcionários", disse a 2 de novembro.

Nem 24 horas foram precisas para o ministro das Infraestruturas alinhar no mesmo discurso.

"Obviamente que o pior que poderia acontecer num momento em que a empresa está a recuperar era nós termos uma greve", disse Pedro Nuno Santos a 3 de novembro.

A greve dos tripulantes de cabine avançou e no ar paira a possibilidade de uma nova paralisação. Há menos de duas semanas, numa entrevista exclusiva dada à SIC, a presidente da TAP dizia ser uma boa ouvinte.

Os funcionários não gostaram de saber que a TAP contratara para um cargo de direção uma amiga da presidente.

A escolhida, alegadamente, teria um currículo muito ao lado das exigências do cargo. A TAP reconheceu que Christine Ourmières-Widener conhecia a contratada, mas negou que a presidente tivesse tido uma palavra na contratação.

Do Ministério de Fernando Medina nem uma palavra sobre as polémicas dos últimos tempos, mesmo sendo as Finanças que, em conjunto com as Infraestruturas, decidem o que se pode ou não fazer na TAP.

A transportadora aérea vive tudo isto ainda com o plano de restruturação a correr e com a privatização à vista.