Na opção sugerida pela comissão técnica independente, o velho aeroporto da Portela continuará a operar, mesmo depois de a nova pista em Alcochete ficar apta para receber aviões. Numa primeira fase, vão funcionar em simultâneo.
"A nossa sugestão é fazer faseado para começar a rentabilizar e o aeroporto pagar-se a si próprio. (…) Aliás, o aeroporto Humberto Delgado tem uma rentabilidade elevadíssima e, se não fosse o contrato de concessão, chegaria para fazer um novo aeroporto", aponta Maria Rosário Partidário, coordenadora geral da comissão técnica independente.
A primeira fase em Alcochete demorará sete anos e custará 3.200 milhões de euros, inclui as expropriações do campo de tiro, a construção das infraestruturas do aeroporto e do terminal com uma pista. O valor engloba também os pequenos acessos. Os grandes, como autoestrada e TGV, já estavam previstos e orçamentados e não entram nestas contas.
Pelas contas da comissão técnica, a segunda pista demorará mais um ano a construir e somará 2.800 milhões de euros ao investimento inicial. A terceira pista, mantendo a quarta no aeroporto Humberto Delgado, é uma possibilidade em aberto e pode nunca vir a ser construída - vai depender da procura e do prolongamento da concessão da Portela, que termina em 2062.
O valor previsto é de 1.400 milhões de euros e fará subir para cerca de 8 mil milhões de euros o valor total do investimento em Alcochete.