Pedro Nuno Santos, candidato à liderança do Partido Socialista (PS), afirmou, sobre a localização do novo aeroporto, que “o país precisa de decidir, não podemos ficar paralisados”, acrescentados que é importante “procurar o consenso" com os partidos políticos, mas se ele não existir é necessário “decidir na mesma”. Sobre a carreira dos professores, acrescentou ainda que ”a recuperação e o aumento salarial continua a ser um objetivo" do partido.
Sobre a importância de reunir consenso com o PSD, Pedro Nuno Santos esclareceu que se deve “procurar consenso com o PSD, mas também com os outros partidos”.
“Há 50 anos que o país faz estudos sobre a nova localização ao aeroporto, já chega! […] O que sei é que o país precisa de decidir, não podemos ficar paralisados: procurar o consenso, mas se ele não existir decidir na mesma”, defendeu o candidato.
Os comentários de Pedro Nuno Santos foram feitos, esta quarta-feira, à saída das instalações da CIP - Confederação Empresarial de Portugal.
Pedro Nuno Santos realçou a urgência de ser tomada uma decisão: “Agora fazer um grupo de trabalho depois de um relatório, não ficamos com a certeza de que o PSD a seguir ao grupo de trabalho vai criar uma comissão. Já chega”.
Relativamente à ANA Aeroportos não concordar com a conclusão da Comissão Técnica Independente (CTI), o candidato disse não tecer comentários, tendo em conta a importância do tema em questão.
“Não vou comentar as opiniões de nenhuma empresa em particular. Esta é uma decisão demasiado importante e que tem de ser a responsabilidade do governo”, afirmou.
Crescimento económico e aumentos salariais
Sobre a sua deslocação à CIP, disse que esta “foi uma reunião muito importante, onde pudemos conversar sobre as políticas que podem potenciar a economia portuguesa”, acrescentando ambas as partes estarem em “sintonia em termos de objetivos".
“A recuperação e o aumento salarial continua a ser um objetivo para nós. […] Os governos do PS promoveram um aumento importante do do salário e nós queremos continuar essa trajetória, mas verdadeiramente queremos ter uma economia mais forte”, defendeu.
Segundo Pedro Nuno Santos, “o aumento da produtividade, mas também aumento dos salários”, são “objetivos são partilhados”, frisando a necessidade de de trabalhar conjuntamente em “matéria de capitalização das empresas, apoio à internacionalização, apoio à inovação e ao investimento”.
“A CIP fez já um trabalho relevante, ainda que não concordemos com tudo […] Há muito trabalho trabalho que pode ser feito”, afirmou.
Para o candidato “só há uma forma de aumentar os salários em Portugal: alterando o perfil de especialização da nossa economia e com empresas mais fortes”.
Descongelamento do tempo dos professores
Questionado sobre o porquê dos mecanismos de aceleração de progressão na carreira dos docentes ainda não ter sido concluído, o candidato escareou que “as opções do governo foram outras”.
“Eu sempre defendi isto. Antes fazia parte de um coletivo, que tomava decisões e teve outras prioridades”, acrescentou.
Sobre os ajustes dos salários da função pública, Pedro Nuno Santos disse que “verdadeiramente onde não se avançou de forma relevante foi no tempos dos professores”.
“Isto é fundamental não só por questões de princípio, mas também porque precisamos de dignificar as carreiras na administração pública. Ao contrário do PSD achamos que este trabalho de recuperação dos tempos de serviço deve ser construída em negociação com os sindicatos. Vamos conciliar estes dois objetivos: continuação da redução da dívida pública e os objetivos das organizações que representam os trabalhadores”, disse.
Para o candidato “é preciso um equilíbrio, mas o princípio é claro: temos de recuperar todo o tempo de serviço”, reforçando a necessidade de aguardar pela contagem dos tempo de serviço dos professores que está a ser feita pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO).
“Há números sobre as carreiras que estão publicados, mas precisamos por um lado que a UATO conclua o seu trabalho, para conseguirmos saber de forma mais próxima o custo e, por outro lado, depois trabalhar com as organizações sindicais para encontrar um faseamento para conciliar os interesses dos professores e as contas públicas”, concluiu.