O número de trabalhadores a recibos verdes na administração pública totalizou 18.707 no final do primeiro semestre, sendo o mais alto desde o início da série, que começa em 2011.
Segundo os quadros que acompanham o Boletim Estatístico do Emprego Público (BOEP), o número de prestadores de serviços (recibos verdes) na administração pública no final de junho aumentou 9,2% face ao mesmo período de 2022 e registou uma subida de 16% em relação a dezembro de 2022.
Eram quase 19 mil os trabalhadores a recibos verdes no Estado, mais precisamente 18 mil e 707 entre avenças e contratos à tarefa.
"É naturalmente que haja um aumento, por variadas razões, porque há falta de pessoal, pode haver dificuldade em recrutar ou, muitas das vezes porque o Ministério das Finanças não deixa contratar pessoas para os quadros, mas isto não é maneira do Estado funcionar. Têm de dar o exemplo", explica Daniel Carapau da Associação de Combate à precariedade - precários inflexíveis
Na administração central, onde os prestadores de serviços aumentaram 11% em termos homólogos, para 10.585, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social detinha no final de junho o maior número de recibos verdes (6.540), seguido pelo Ministério de Justiça (1.087) e pelo Ministério da Economia e do Mar (736).
Na administração regional e local o número de prestadores de serviços era em junho de 8.122, representando uma subida homóloga de 6,9% e de 3,9% face a dezembro de 2022.
A Associação defende que é urgente um novo programa que, à semelhança do que aconteceu em 2017, integre os precários para além de regras que limitem a sua contratação.
Com LUSA