Os Estados Unidos realizaram um ataque contra "um organizador" do ramo o grupo extremista Daesh-K no Afeganistão, que reivindicou o atentado terrorista no aeroporto de Cabul, anunciaram as forças armadas norte-americanas.
"O ataque aéreo sem piloto ocorreu na província afegã de Nangarhar [leste]. De acordo com as primeiras indicações, matámos o alvo", afirmou na sexta-feira o comandante Bill Urban, do comando central.
No mesmo comunicado, o responsável adiantou desconhecer a existência "de qualquer vítima civil" no ataque realizado com 'drone'.
Este ataque ocorreu cerca de um dia depois do ataque bombista, reivindicado pelo Daesh-K - Estado Islâmico da Província de Khorasan (ISKP, na sigla em inglês), que no Afeganistão é considerado inimigo dos talibãs.
Na quinta-feira, o Presidente dos EUA, Joe Biden, prometeu "perseguir e fazer pagar" os autores do atentado bombista, que causou pelo menos 170 mortos e 150 feridos, incluindo 13 soldados norte-americanos.
Os talibãs conquistaram Cabul em 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.
As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
A tomada da capital pôs fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e aliados na NATO, incluindo Portugal.
VEJA TAMBÉM:
- Aumenta para 170 número de mortos no atentado do aeroporto de Cabul
-
Quatro militares portugueses e os primeiros 24 afegãos já chegaram a Portugal
-
Daesh-K, a filial afegã do Estado Islâmico responsável pelo ataque junto ao aeroporto de Cabul
-
Afeganistão. Não vai haver tempo para resgatar todos os que tentam fugir
-
Casa Branca não desmente hipótese de ter dado nomes de cidadãos e aliados afegãos aos talibãs
-
Operação britânica de retirada de civis afegão está nas "últimas horas", diz Boris Johnson
