Dezenas de pessoas foram mortas e centenas ficaram feridos, no Irão, em manifestações reprimidas pelas forças de segurança, contra a morte de uma jovem após a sua detenção pela "polícia de moralidade".
A jovem Mahsa Amini, de 22 anos, foi detida na terça-feira passada pela designada “polícia de moralidade” de Teerão, onde se encontrava de visita, por alegadamente trazer o véu de forma incorreta e transferida para uma esquadra com o objetivo de assistir a “uma hora de reeducação”.
Desde então multiplicaram-se os protestos em pelo menos 20 cidades e milhares de manifestantes antigovernamentais e forças de segurança entraram em confrontos, naqueles que são já considerados como os distúrbios políticos mais graves no país desde 2019.
Também os Estados Unidos, França e Reino Unido têm sido palco de manifestações. Em Londres, durante o fim de semana, o protesto em frente à embaixada do Irão terminou em confrontos entre a polícia e os manifestantes.
O Irão suspendeu o acesso à internet e apertou as restrições nas redes sociais mais usadas para organizar manifestações, como o Instagram e o WhatsApp. Entretanto, o multimilionário Elon Musk ativou a sua rede de satélites Starlink para permitir o acesso à internet no Irão. Também a Casa Branca emitiu uma autorização para que as empresas de internet disponibilizassem os seus serviços no Irão.