O Presidente do Irão lamentou, em entrevista, a morte de Mahsa Amini que considera um incidente trágico, mas voltou a prometer mão pesada contra os manifestantes que há duas semanas protestam em várias cidades do país. O ultimo balanço aponta para pelo menos 83 mortos, centenas de feridos e milhares de detidos.
A instabilidade social mantém-se em dezenas de cidades do Irão, após a detenção e a morte de Mahsa Amini, por incorreto uso do véu. O Presidente do Irão já abordou a situação atual do país, lamentando a morte da jovem, mas sem assumir a responsabilidade da polícia da moralidade.
“A morte de Mahsa Amini afetou toda a gente e todos acreditam que isto deve ser esclarecido. Devemos dar-lhe seguimento com qualquer perspetiva política, de qualquer forma e em qualquer parte do país, e esta questão deve ser tratada de forma justa e equitativa”, proferiu Ebrahim Raisi, chefe de Estado do país.
Contudo, não poupou nas ameaças e garantiu que os manifestantes devem ser castigados severamente.
Nestas duas últimas semanas de contestações no Irão, 80 pessoas já perderam a vida e centenas ficaram feridas. Milhares de manifestantes já foram detidos e o acesso à internet foi condicionado pelo Governo iraniano, segundo informa a organização não governamental Iran Human Rights.
Um grupo de ativistas pelos direitos das mulheres, em forma de protesto, pediu , numa carta enviada à FIFA, a expulsão da seleção iraniana do Mundial do Qatar.
O mundo tem-se mostrado solidário com a causa iraniana, e um pouco por toda a Europa várias pessoas têm levado a cabo protestos. Já aconteceram na Turquia, na Sérvia, na Espanha, entre outros. Na Noruega uma manifestação em frente à embaixada iraniana, terminou em confrontos com a polícia.