Os receios em torno da expansão do novo coronavírus e o seu impacto na economia global levaram as bolsas europeias a acumular quedas de mais de 11% durante a semana, de acordo com a agência Efe.
A incerteza fez com que os investidores procurassem ativos considerados seguros, como o dólar e dívidas de países com economias fortes, como os EUA e a Alemanha, enquanto o petróleo tem caído continuamente.
Em Wall Street, o índice Dow Jones seguia a descer 2,5% durante a tarde de hoje, a caminho da sua pior semana desde a crise de 2008. As bolsas europeias também caíram hoje, com Londres a descer 3,18%, Frankfurt 3,86%, Paris 3,38%, Milão 3,58% e Madrid 2,92%.
Durante a semana, a bolsa de Londres acumulou perdas de 11,12%, a de Frankfurt 12,44%, a de Paris 11,94%, a de Milão 11,26% e a de Madrid 11,76%. De acordo com a Efe, o mercado inglês viveu a sua pior semana desde 2008 e em Espanha o comportamento foi o mais negativo desde maio de 2010. Na Ásia, Tóquio caiu hoje 3,67%, Hong Kong 2,42%, Xangai 3,71% e Seul 3,3%.
A crise do coronavírus afetou em especial as companhias aéreas e as empresas do setor do turismo, tendo em conta a quebra nas movimentações de pessoas, mas também as petrolíferas, com a queda dos preços.
O Brent regista uma queda de perto de 3%, para 50,6 dólares por barril, o seu nível mais baixo desde dezembro de 2018.Também o ouro está em queda, apesar de ser um ativo refúgio para os investidores.
O presidente do banco central alemão, Jans Weidmann, reconheceu que o surto de coronavírus é um risco a curto prazo, mas assegurou que "não há uma necessidade premente de atuar do ponto de vista da politica monetária".
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