Coronavírus

Afluência às farmácias no último fim de semana regista valor mais baixo desde início do ano

No último sábado houve 318 mil atendimentos e no domingo 105 mil.

Afluência às farmácias no último fim de semana regista valor mais baixo desde início do ano
EDUARDO COSTA

O último fim de semana foi o que registou menos afluência a farmácias desde o início do ano, depois de um recorde de 941 mil atendimentos em 13 de março, anunciou hoje a Associação Nacional de Farmácias (ANF).

Após um forte recurso à rede de farmácias devido à pandemia de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, os dados divulgados hoje num comunicado da ANF indicam que no sábado passado houve 318 mil atendimentos e no domingo 105 mil.

Segundo a ANF, estes números representam uma queda de 56% em relação ao fim de semana anterior, de 14 e 15 de março e "estão mesmo 15% a 20% abaixo de um fim semana normal, sem qualquer surto epidémico".

"Muitas farmácias de centros urbanos registaram recordes de baixa procura", acrescenta a ANF.

Mas o presidente da ANF, Paulo Cleto Duarte, sublinha no comunicado que a rede de farmácias "está a trabalhar em grande sofrimento por falta de máscaras e desinfetantes, não só para servir os portugueses como para garantir a segurança das próprias equipas".

Paulo Cleto Duarte adianta que "as equipas fizeram um esforço colossal para resistir ao pânico e tranquilizar a população". O presidente da ANF considera que "o Estado não pode discriminar as farmácias no acesso a equipamentos de proteção individual".

Por outro lado, a ANF garante que "os portugueses não precisam de fazer stocks anormais de medicamentos em casa, porque a continuidade dos tratamentos está garantida", com "as máscaras e desinfetantes a serem as únicas áreas a merecer preocupação".

No final da semana passada, e após queixas e notícias na comunicação social, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) desenvolveu uma operação na rede de farmácias devido a alegada especulação de preços, havendo mesmo casos de frascos de meio litro de álcool e de desinfetante a ultrapassarem os 20 euros.

SIGA AQUI AO MINUTO AS ÚLTIMAS INFORMAÇÕES SOBRE A PANDEMIA DE COVID-19

Veja também: