Coronavírus

Certificado das máscaras vendidas pela Quilaban à DGS é válido

DGS afirmou que as máscaras ainda não tinham sido distribuídas.

Certificado das máscaras vendidas pela Quilaban à DGS é válido

A empresa Quilaban, que vendeu três milhões de máscaras à Direção-Geral de Saúde (DGS), assegurou hoje que "a certificação apresentada era verdadeira e válida e continuou verdadeira e válida através de um novo certificado".

No domingo, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, disse que as máscaras vendidas à DGS não tinham sido distribuídas nem pagas, esperando clarificar a situação no início da semana. A resposta do governante surgiu depois de o jornal Público ter publicado um artigo com o titulo "Três milhões de máscaras compradas com certificado falso".

A Quilaban esclarece hoje, num comunicado enviado às redações, que:

"A conformidade da qualidade das máscaras FF92 /KN95 é assegurada, não só por esta [nova] certificação, como também pelos testes realizados à produção da Gansu pelo Guandong Testing Institute of Product Quality Supervision ao abrigo da norma Chinesa GB 2626-2006, de resto considerada como equivalente à norma Europeia no âmbito do Decreto-Lei nº 14-E/2020, de 13 de abril".

A empresa explica todo o processo, referindo que a adjudicação dos três milhões de respiradores FF92 /KN95 à Quilaban ocorreu em 07 de abril de 2020 e a sua produção foi concluída a 21 de abril de 2020, período coberto pelo novo certificado ICR Polska/CE/V/01RE473, e que entre a adjudicação e a data de produção dos produtos decorreram 14 dias.

"Para satisfazer o contrato de fornecimento à DGS, por ajuste direto dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, de três milhões de máscaras FF92 /KN95, a Quilaban recorreu à produção da Gansu Changee Bio-pharmaceutical (Gansu), explica.

Adianta que a Gansu é uma subsidiária da empresa Shenzhen Hanyu Pharmaceutical Co. Ltd, que desenvolve as suas atividades nas áreas da pesquisa, desenvolvimento, produção e venda de medicamentos e equipamento médico, para as quais se encontra certificada na China.

"Para além da certificação da sua produção de acordo com os normativos locais e de recorrer ao Guangdong Testing Institute of Product Quality Supervision, que certifica os seus produtos de acordo com a norma GB2626-2006, a Gansu recorreu ainda aos serviços da ICR Polska para a certificação voluntária dos mesmos, no âmbito da qual foi emitido o certificado com o número ICR Polska/P63030032 em 16 de março de 2020, com validade até 15 de março de 2025", garante.

"A ICR Polska veio a informar no seu 'site' que, devido ao surgimento de certificados inválidos e falsos e por forma a assegurar a adequada evidência quanto ao âmbito e condições de certificação, decidiu proceder ao cancelamento de certificados emitidos entre 01 e 26 de março de 2020 e à reemissão de novos certificados, com um novo layout e novos número de identificação", afirma.

A Quilaban refere que questionou hoje a Gansu "relativamente à menção de invalidade do certificado inicial no 'site' da ICR" e que esta "prontamente esclareceu quanto à sua substituição pelo novo certificado", do qual lhes enviou cópia.

Após esta explicação, a Quilaban "assegura assim a veracidade e validade dos certificados apresentados, bem como a qualidade dos produtos fornecidos, reafirmando o seu compromisso com a segurança dos utilizadores".

Mais 13 mortos e 173 casos em Portugal. Número recorde de recuperados da Covid-19 em 24 horas

A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou esta segunda-feira a existência de 1.231 mortes e 29.209 casos de Covid-19 em Portugal.

O número de óbitos subiu, de ontem para hoje, de 1.218 para 1.231, mais 13, enquanto o número de infetados aumentou de 29.036 para 29.209, mais 173, o que representa um aumento de 0,59%.

O número de casos recuperados subiu de 4.636 para 6.430, mais 1.794, o maior número de recuperados em 24 horas desde o início da pandemia.

Há 628 doentes internados, menos 21 em relação a ontem. 105 encontram-se em Unidades de Cuidados Intensivos, menos três face a domingo.

Mais de 315 mil mortos e mais de 4,7 milhões de infetados em todo o mundo

A pandemia do novo coronavírus já matou pelo menos 315.270 pessoas e infetou mais de 4,7 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP, às 11:00 hoje, baseado em dados oficiais.

De acordo com os dados recolhidos pela agência de notícias francesa, já morreram pelo menos 315.270 pessoas e há mais de 4.727.220 infetados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro de 2019 na cidade chinesa de Wuhan.

Entre esses casos, pelo menos 1.700.000 foram considerados curados.

Os Estados Unidos, que registaram a primeira morte ligada à covid-19 no início de fevereiro, são o país mais afetado em termos de número de mortes e casos, com 89.564 óbitos em 1.486.742 casos Pelo menos 272.265 pessoas foram declaradas curadas.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Reino Unido com 34.636 mortes para 243.303 casos, Itália com 31.908 mortes (225.435 casos), França com 28.108 mortes (179.569 casos) e Espanha com 27.650 óbitos (231.350 casos).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia começou no final de dezembro, contabilizou oficialmente um total de 82.954 casos (sete novos entre domingo e hoje), incluindo 4.634 mortes e 78.238 curados.

A Europa totalizou 166.836 mortes para 1.901.173 casos, Estados Unidos e Canadá 95.451 mortes (1.563.744 casos), América Latina e Caraíbas 29.493 mortes (524.050 casos), Ásia 12.394 mortes (362.543 casos), Médio Oriente 8.204 mortes (282.288 casos), África 2.765 mortes (85.028 casos) e Oceânia 127 mortes (8.402 casos).

Dois meses depois, há países europeus a viver o primeiro dia de desconfinamento

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