A Organização Mundial da Saúde afirma que a imunidade de grupo só é possível com uma vacina e que a tentativa de imunizar toda a gente, expondo as pessoas ao vírus, é um erro científico e ético.
A OMS lembra que se sabe muito pouco sobre o coronavírus e que não há certezas sobre uma possível imunidade das pessoas que já foram infetadas, nem que grau de defesas ganharam contra a doença.
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor geral da organização, falou sobre a vacinação no dia em que o grupo farmacêutivo Johnson & Johnson anunciou a interrupção dos ensaios clínicos de uma vacina contra a covid-19 por um dos participantes ter ficado "inexplicavelmente doente".
"Interrompemos temporariamente a administração de novas doses em todos os nossos ensaios clínicos de uma vacina experimental contra a covid-19, incluindo o conjunto de ensaio da fase três, devido a uma doença ainda por explicar num dos participantes", declarou o grupo, em comunicado.
A farmacêutica norte-americana indicou que "a doença do participante está a ser avaliada" pelos médicos e declinou avançar mais pormenores para "respeitar a privacidade deste participante".
"É importante conhecer todos os dados antes de divulgar mais informação", acrescentou a empresa no mesmo comunicado.