Os números da pandemia dão sinais de uma evolução positiva, mas os especialistas alertam que é cedo demais para pensar num alívio das medidas.
O desconfinamento terá de ser progressivo e, ainda que as infeções continuem a diminuir, as próximas semanas serão sempre de muita pressão nas enfermarias e, sobretudo, nos cuidados intensivos.
Quem chega aos cuidados intensivos já está numa luta pela sobrevivência. Nos hospitais portugueses há perto de 880 pessoas a quem a covid-19 deixou em estado crítico.
Segundo a fórmula que estuda a pandemia, mesmo com as infeções a diminuir, serão precisas algumas semanas até que os hospitais comecem a espelhar os resultados positivos.
Enquanto o cenário que possibilita o confinamento não chega, é preciso continuar a planear as piores opções. Portugal tem cerca de 1250 camas em cuidados intensivos e será difícil abrir muitas mais. Faltam médicos e faltam muitos enfermeiros. A possibilidade de enviar doentes para o estrangeiro surge, por agora, como uma hipótese de precaução.
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