Coronavírus

Covid-19. Começa o julgamento entre a UE e a AstraZeneca pelo atraso na entrega das vacinas

A farmacêutica escusa-se com problemas na produção e insiste que está a fazer os melhores esforços para entregar as vacinas.

Loading...

A União Europeia acusa a AstraZeneca de violação do contrato para o fornecimento de vacinas para a covid-19. O processo, que envolve os 27 Estados-membros e a farmacêutica anglo-sueca começa a ser julgado, esta quarta-feira, num tribunal belga.

O advogado da União Europeia é perentório: a AstraZeneca não tentou sequer respeitar o contrato para o fornecimento de vacinas aos 27 Estados-membros. O bloco comunitário decidiu levar o caso a tribunal, depois dos sucessivos atrasos nas entregas.

No primeiro trimestre, a farmacêutica entregou apenas 30 milhões de doses, das 120 milhões acordadas. No segundo espera entregar 70 milhões das 180 milhões planeadas. A União Europeia reivindica 10 euros por dose por cada dia de atraso e uma compensação de pelo menos 10 milhões de euros.

A farmacêutica escusa-se com problemas na produção e insiste que está a fazer os melhores esforços para entregar as vacinas.

No Reino Unido, começou a ser ouvido no Parlamento o antigo conselheiro político de Boris Johnson que violou as regras ao ter viajado mais de 400 quilómetros durante o período de confinamento. Dominic Cummings já pediu desculpas pela forma como o Reino Unido lidou com a pandemia no início e não poupou críticas ao primeiro-ministro.

O Governo responde com o sucesso da vacinação: mais de 70% dos adultos já tomaram pelo menos uma dose e está a descer a idade para se ser vacinado.

Na Alemanha, 40% da população tomou pelo menos uma dose e 14% tem a vacinação completa. O país acelera a vacinação enquanto assiste a uma diminuição no número de infeções. A incidência de casos na última semana caiu abaixo dos 50 por 100 mil habitantes, pela primeira vez desde outubro.

Na República Checa, reabriram ginásios, piscinas, hotéis e os alunos do secundário regressaram às aulas presenciais. O quarto ministro da Saúde desde o início da pandemia demitiu-se, menos de dois meses depois de ter assumido o cargo. Em causa está uma polémica sobre a declaração de impostos.