O virologista do Instituto de Medicina Molecular Pedro Simas reafirma que Portugal está numa endemia e afasta o cenário de pandemia de covid-19.
"Estes níveis, para mim, não são além do que é expectável de níveis endémicos", diz, acrescentando que a divergência entre infeções e números de mortos "é que é típico de endemia".
Em entrevista à SIC Notícias, considera que o foco deve estar em três aspetos: dose de reforço a grupos de risco, usar máscaras "de forma geral" e reduzir a testagem à covid-19.
"Temos que simular já que este é um vírus endémico, como se estivéssemos a viver normalmente", diz Pedro Simas.
Na Edição da Noite da SIC Notícias, o especialista compara os números da covid-19 em Portugal com o Reino Unido, Dinamarca e África do Sul, nos dois anos de pandemia, salientando a cobertura de vacinação de cada país.
"A medida mais importante é dar a dose de reforço nos grupos de risco", defende, e justifica com o aparecimento da variante Ómicron.
No entanto, salienta que Portugal é "líder no mundo" em relação à vacinação completa contra a covid-19 e dose de reforço.
Sobre os testes antigénio e os PCR, esclarece que os PCR "amplificam o sinal" e apanham a infeção mais precocemente e que os de antigénio são "menos sensíveis". No entanto, destaca: "Isto não invalida a capacidade de um teste antigénio".
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