Dez das florestas mais protegidas do planeta, que são património da humanidade, passaram a ser emissores de carbono, em vez de o absorverem. A UNESCO diz que a mudança se deve à cada vez maior atividade humana, nas zonas de floresta, e às alterações climáticas.
A desflorestação e os fogos estão a transformar mais do que paisagem nas maiores florestas do mundo.
Segundo um relatório publicado pela UNESCO, 10 das florestas património da humanidade deixaram de conseguir absorver as emissões de carbono e, pelo contrário, passaram a ser emissores. Ou seja, estas enormes áreas florestais, que eram pulmões do planeta, são agora, também, responsáveis pelas alterações climáticas.
As árvores e plantas absorvem o dióxido de carbono e libertam oxigénio, o que as torna vitais para o equilíbrio do ar que respiramos e para o controlo dos gases que provocam o efeito de estufa e levam ao aumento da temperatura global.
Mas a intervenção humana e os incêndios nestas vastas florestas estão a libertar mais dióxido de carbono do que aquele que consegue conter.
O estudo da UNESCO diz que esta mudança representa uma enorme preocupação para o futuro da humanidade e que está a ser registada em vários parques naturais, dos Estados Unidos, à Indonésia, à Russia ou à Austrália.
Os investigadores dizem que este relatório analisou apenas florestas classificadas como património da humanidade e que, portanto, é de esperar que a mesma alteração possa estar a acontecer em muitos milhões de outros hectares arborizados do mundo.
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Links úteis
- Cimeira do Clima COP26 em Glasgow de 31 de outubro a 12 de novembro
- Acordo de Paris
- Relatório IPCC
- Programa da ONU para o Ambiente - UNEP
- Agência Internacional de Energia - IEA
- Orgnaização Meteorológica Internacional - WMO