O Presidente da Bielorrússia garante que não impede ninguém de tentar entrar na União Europeia e deixa um apelo à boa vontade da Alemanha. São declarações de Alexander Lukashenko na visita ao centro de acolhimento de migrantes ilegais na fronteira com a Polónia.
Rodeado de guarda-costas, Alexander Lukashenko fez festinhas às crianças. Foi aplaudido por muitos dos 2 mil migrantes ilegais que dormem no armazém transformado em centro de acolhimento.
A saída, o presidente da Bielorrússia deixou um apelo à Alemanha para resolver a atual crise.
À vizinha Polónia, a maior vítima desta vaga migratória, Lukashenko pediu a abertura de um corredor humanitário.
Aos 2 mil migrantes retidos oficialmente pela polícia bielorrussa, juntam-se ainda outras centenas de migrantes escondidos nas florestas fronteiriças da Lituânia e na Letónia, - outros países vizinhos da Bielorrússia.
O Governo de Vilnius reforçou a segurança e ameaçou já fechar os postos fronteiriços.
Voos de repatriamento financiados pela União Europeia
De Minsk, descolaram esta semana mais voos de repatriamento já financiados por Bruxelas. A bordo, 600 passageiros naturais do Curdistão iraquiano. Pelo sonho europeu, pagaram milhares de euros a traficantes. Acreditaram nas promessas de entrar facilmente na União Europeia por uma das fronteiras leste dos 27.
Bruxelas e os analistas consideram que os migrantes estão a ser usados como retaliação pelas sanções internacionais impostas ao regime de Lukashenko.
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