A campanha presidencial brasileira entrou na última semana. Estes últimos dias até à segunda volta estão a ser marcados por um episódio de violência que tumultua ainda mais uma eleição polarizada.
Este domingo, o ex-deputado Roberto Jefferson - que foi investigado no âmbito de um inquérito que apura a atuação de milícias digitais e ataques ao Supremo Tribunal Federal - disparou tiros de fuzil e lançou granadas contra a Polícia Federal, quando as autoridades o foram buscar por ter sido revogada a prisão domiciliária. Dois agentes de segurança ficaram feridos.
Os apoiantes de Bolsonaro foram para a frente da casa do ex-deputado para protestar contra a prisão e chegaram a agredir um repórter de imagem.
Padre Kelmon, ex-candidato à Presidência, foi até o local participar das negociações de rendição, que durou oito horas. Na véspera, ele estava participava num ato de campanha ao lado de Bolsonaro.
O Presidente Bolsonaro aproveitou a ocasião para tentar desvincular sua campanha do agressor e converter o episódio em apoio às forças de segurança. Chegou a dizer que não tinha nem fotos com o ex-parlamentar.
Lula da Silva condenou o episódio e as ofensas que Roberto Jefferson fez a uma integrante do Supremo Tribunal Federal. Acusou também Jair Bolsonaro de incitar a violência.
O episódio de teve muita repercussão, no início da última de uma campanha tensa, que tem sido marcada pela violência e desinformação. Pode tirar espaço de temas importantes nesta reta final, quando os candidatos tentam os votos dos poucos indecisos que devem definir as eleições de domingo.