Governo

João Galamba junta-se ao conselho de ministros em Braga

O ministro das Infraestruturas tinha estado ausente das iniciativas do programa “Governo + Próximo”, que decorre em Braga. O Executivo foi recebido com um protesto às portas do mosteiro de São Martinho de Tibães.

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O Conselho de Ministros realiza-se esta quinta-feira em Braga, no âmbito da iniciativa “Governo + Próximo”. À chegada ao mosteiro de São Martinho de Tibães, João Galamba não fez qualquer comentário sobre a polémica, tendo apenas sorrido aos jornalistas.

É a primeira iniciativa pública do ministro das Infraestrutras depois do seu pedido de demissão, na terça-feira, que o primeiro-ministro não aceitou.

António Costa está na cidade de Braga com os ministros estão desde esta quarta-feira. No primeiro dia, apenas João Galamba não esteve presente. O ministro das Infraestruturas juntou-se esta quinta-feira ao Executivo, que realiza em mais de 90 iniciativas na região.

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Depois da reunião do conselho de ministro, não é expectável que o primeiro-ministro participe no briefing. Esta conferência é, normalmente, conduzida por Mariana Vieira da Silva, ministra da Presidência, acompanhada por diferentes ministros.

Na agenda de António Costa está ainda uma iniciativa em Barcelos, na tarde desta quinta-feira, antes de regressar a Lisboa.

Governo recebido com protestos

Os membros do Governo foram recebidos esta quinta-feira com protestos à chegada ao Mosteiro de Tibães, em Braga, para a reunião do Conselho de Ministros, por algumas dezenas de manifestantes ligados a vários setores que exigiam melhores salários e progressão nas carreiras.

No protesto ruidoso, organizado pela União de Sindicatos de Braga (USB), os presentes usam megafones e buzinas, gritam palavras de ordem, empunham cartazes e as bandeiras de Portugal e da Fenprof.

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Gritando palavras de ordem como "demissão", "Governo escuta, Braga está em luta", "a luta continua, nas escolas ou na rua", "a educação é um direito, sem ela nada feito", "o custo de vida aumenta, o povo não aguenta", "é justo e necessário o aumento do salário", "a justiça é um direito, sem ela nada feito", os manifestantes fazem-se ouvir à passagem dos carros que transportam os carros dos ministros.

Em declarações à agência Lusa, Joaquim Rodrigues, da USB, explicou que o protesto visa afirmar as reivindicações dos trabalhadores de vários setores, nomeadamente da educação, da justiça, do têxtil, da metalurgia ou do comércio.

Para o dirigente sindical "é urgente o aumento dos salários dos trabalhadores, face ao aumento do custo de vida, dos bens essenciais, da habitação", assim como a progressão nas carreiras.

Joaquim Rodrigues deu o exemplo dos professores ou dos oficiais de justiça, que têm estado em greve nos últimos meses.

Além disso, pediu ao Governo que permita a negociação dos contratos coletivos "parada desde 2003".