Guerra no Médio Oriente

Cessar-fogo em Gaza: Hamas diz estar empenhado em respeitar acordo

Uma delegação do Hamas esteve no Cairo para conversações sobre o cessar-fogo em Gaza. O grupo diz que não vai ceder às ameaças de Israel, mas diz que há sinais positivos de que três prisioneiros israelitas serão libertados no sábado, como previsto.

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É uma corrida contra o tempo para tentar salvar o frágil acordo de cessar-fogo em Gaza. Do Cairo, onde decorrem conversações mediadas pelo Egito e pelo Catar, chegam, no entanto, alguns progressos.

O Hamas diz que há sinais positivos para que se concretize a libertação de três reféns este sábado, como estava previsto, mas também garante que não vai ceder às ameaças de Israel. 

“Se o Hamas parar de libertar reféns, não haverá cessar-fogo, mas sim guerra. A nova guerra em Gaza terá uma intensidade diferente da guerra anterior ao cessar-fogo e não terminará sem a derrota do Hamas e a libertação dos reféns, diz Israel Katz, ministro da Defesa de Israel. 

As palavras do ministro da Defesa israelita estão em linha com as ameaças de Netanyahu e de Trump que prometeu um verdadeiro inferno caso os reféns não sejam libertados 

O Hamas diz que não quer o colapso da trégua e que a linguagem de intimidação usada por Trump e Netanyahu não serve para a implementação do acordo. Exige que Israel cumpra o prometido: permitir a entrada de ajuda humanitária essencial em Gaza e não atrasar as negociações para a segunda fase. 

Em Israel, a pressão mantém-se nas ruas para que o Governo não deixe cair por terra as esperanças que tantos depositaram neste acordo. 

Segundo as agências de notícias, o impasse poderá ser desbloqueado assim que os mediadores confirmarem o acordo com Israel sobre abrigos, tendas, combustível, medicamentos e todo o material que se relaciona com o protocolo humanitário que deveria entrar em Gaza, ainda nesta primeira fase.