O secretário de estado norte-americano está em Israel para uma visita oficial. Marco Rubio vai encontrar-se ainda hoje com o primeiro-ministro israelita para discutir os esforços para um cessar-fogo em Gaza.
A viagem de Rubio a Israel acontece depois de Donald Trump ter criticado Telavive pelo que classifica de "ataque descarado e fracassado" aos líderes do Hamas no Qatar.
Antes de embarcar para Israel, Marco Rubio deixou claro que os Estados Unidos não estavam felizes com este ataque, mas garantiu que o apoio dos Estados Unidos a Israel se mantém.
"Isso não vai mudar a natureza da nossa relação com Israel, mas vamos ter de falar sobre isso, [falar] sobre o impacto que terá", disse Marco Rubio, em declarações aos jornalistas antes de partir para Israel, onde é esperado este domingo.
Rubio desloca-se a Israel para garantir o apoio dos Estados Unidos, antes do reconhecimento de um Estado palestiniano por parte de vários Estados, entre os quais Espanha e França, na Assembleia-geral da ONU.
Vai reforçar igualmente junto dos dirigentes israelitas o "compromisso [norte-americano] de combater as medidas anti-israelitas, incluindo o reconhecimento unilateral de um Estado palestiniano, que recompensa o terrorismo do [movimento islamita palestiniano] Hamas", disse o porta-voz do Departamento de Estado Tommy Pigott.
Israel atacou na terça-feira a capital do Qatar, numa ação focada em responsáveis do movimento palestiniano, reunidos num edifício residencial no centro de Doha, tendo causado seis mortos: cinco membros do Hamas e um membro das forças de segurança do país.
Numa rara repreensão, o Presidente norte-americano, Donald Trump, disse esta semana estar "muito descontente" com o bombardeamento israelita em Doha, um importante aliado de Washington.
O Qatar acolhe a maior base dos EUA na região e desempenha o papel de mediador na guerra entre Israel e o Hamas em Gaza, ao lado dos Estados Unidos e do Egito.