Guerra Rússia-Ucrânia

França apela a "maior cautela" na determinação de origem de míssil que caiu na Polónia

"Identificar o tipo de míssil não é necessariamente identificar o ator que o lançou", sublinhou a Presidência francesa.

França apela a "maior cautela" na determinação de origem de míssil que caiu na Polónia
POOL

A Presidência francesa pediu hoje "a maior cautela" na determinação da origem do míssil que caiu na Polónia, referindo que "muitos países" da região têm o mesmo tipo de armamento.

"É lógico que abordemos a questão com a maior cautela (..) Muitos países têm o mesmo tipo de armamento e, por isso, identificar o tipo de míssil não é necessariamente identificar o ator que o lançou", sublinhou a Presidência francesa.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Polónia confirmou na noite de terça-feira que um "projétil de fabrico russo" atingiu o território deste país da NATO junto à fronteira com a Ucrânia, causando a morte a duas pessoas.

"Na vila de Przewodów (...), um projétil de fabrico russo caiu, matando dois cidadãos da República da Polónia", salienta-se num comunicado do porta-voz do ministério, Lukasz Jasina.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já veio dizer hoje que é improvável que o míssil que atingiu a Polónia e matou duas pessoas tenha sido disparado a partir da Rússia.

"Há informações preliminares que contestam isso", disse Biden aos jornalistas quando questionado se o míssil foi disparado da Rússia. "É improvável nas linhas da trajetória que tenha sido disparado da Rússia, mas veremos", acrescentou na ilha indonésia de Bali, onde se encontra para participar na cimeira do G20.

Autoridades junto ao local onde caiu um míssil na Polónia
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Por outro lado, os líderes do G7 e da NATO decidiram apoiar uma investigação sobre a queda do míssil de fabrico russo, revelou o Presidente dos EUA.

O governante explicou que este acordo foi alcançado "por unanimidade" durante uma reunião de emergência que decorreu esta manhã.

Além de Biden, estiveram presentes no encontro de emergência o chanceler alemão, Olaf Scholz, os primeiros-ministros do Canadá, Reino Unido, Itália e Japão, Justin Trudeau, Rishi Sunak, Giorgia Meloni e Kishida Fumio, respetivamente, e o Presidente francês, Emmanuel Macron.

Também a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, encontram-se no local, informou a Casa Branca.

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