O Ministério Público pediu ao Tribunal de Contas do Brasil o bloqueio de bens do ex-presidente Jair Bolsonaro na sequência do ataque aos três poderes por parte dos seus apoiantes mais radicais.
O procurador-geral adjunto do Ministério Público perante o Tribunal de Contas, Lucas Rocha, pediu também que a sanção fosse estendida ao governador suspenso de Brasília, Ibaneis Rocha, e ao seu antigo secretário de segurança, Anderson Torres, um leal aliado e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro.
Lucas Rocha justificou a sua exigência "devido ao processo de prestação de contas e ao vandalismo ocorrido" na capital brasileira a 8 de janeiro, "que causou inúmeros danos à tesouraria federal".
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Invasão em Brasília
No domingo, milhares de manifestantes radicais de extrema-direita invadiram e causaram danos às sedes do Parlamento, da Presidência e do Supremo Tribunal durante mais de quatro horas.
Cerca de 1.500 pessoas foram detidas, embora esta terça-feira a Polícia Federal tenha comunicado que libertou "idosos doentes crónicos" e "adultos responsáveis por menores", sem especificar o número exato.
As autoridades brasileiras encontraram vestígios de sangue, fezes e urina dentro do Palácio do Planalto.
No Planalto acumulam-se as janelas partidas, vidros espalhados no chão e até balas. No interior, existia uma galeria com as fotografias oficiais dos presidentes do país, que foi destruída. Os amotinados também esmagaram equipamento informático e uma grande parte da coleção de arte do Palácio, que incluía valiosas pinturas, esculturas e mobiliário de grande valor histórico.