Invasão em Brasília

Ministério Público pede bloqueio dos bens de Jair Bolsonaro

Na sequência da invasão de Bolsonaristas às sedes dos três poderes em Brasília.

Ministério Público pede bloqueio dos bens de Jair Bolsonaro
Andre Borges

O Ministério Público pediu ao Tribunal de Contas do Brasil o bloqueio de bens do ex-presidente Jair Bolsonaro na sequência do ataque aos três poderes por parte dos seus apoiantes mais radicais.

O procurador-geral adjunto do Ministério Público perante o Tribunal de Contas, Lucas Rocha, pediu também que a sanção fosse estendida ao governador suspenso de Brasília, Ibaneis Rocha, e ao seu antigo secretário de segurança, Anderson Torres, um leal aliado e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro.

Lucas Rocha justificou a sua exigência "devido ao processo de prestação de contas e ao vandalismo ocorrido" na capital brasileira a 8 de janeiro, "que causou inúmeros danos à tesouraria federal".

Invasão em Brasília

No domingo, milhares de manifestantes radicais de extrema-direita invadiram e causaram danos às sedes do Parlamento, da Presidência e do Supremo Tribunal durante mais de quatro horas.

Cerca de 1.500 pessoas foram detidas, embora esta terça-feira a Polícia Federal tenha comunicado que libertou "idosos doentes crónicos" e "adultos responsáveis por menores", sem especificar o número exato.

As autoridades brasileiras encontraram vestígios de sangue, fezes e urina dentro do Palácio do Planalto.

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No Planalto acumulam-se as janelas partidas, vidros espalhados no chão e até balas. No interior, existia uma galeria com as fotografias oficiais dos presidentes do país, que foi destruída. Os amotinados também esmagaram equipamento informático e uma grande parte da coleção de arte do Palácio, que incluía valiosas pinturas, esculturas e mobiliário de grande valor histórico.