A morte da Rainha Isabel II provocou a uma avalanche de condolências e homenagens em vários países. Mas também reacendeu um debate sobre o passado colonial em África. Com a subida ao trono de Carlos III, alguns países com a Commonwealth ponderam deixar a monarquia.
Além do Reino Unido, Isabel II era monarca de mais 14 países na Oceânia, América Central e América do Norte. Eram antigas colónias – e não só – onde os laços com a monarquia britânica se mantiveram ao longo dos anos.
Com a morte da Rainha e com a passagem da coroa para Carlos III, essa relação, que já estava fragilizada em alguns países – como nas Bahamas –, ameaça romper-se.
Também na Jamaica há dúvidas. Segundo um inquérito recente, 56% da população não quer Carlos III como chefe de Estado.
No Quénia, nem os quase 60 anos que passaram sobre a independência face ao reino Unido, fizeram esquecer velhos ressentimentos.
Em Hong Kong, que deixou de estar sob o domínio britânico em 1997, a morte de Isabel II traz uma sentimento de nostalgia.
Nas últimas décadas, vários países foram deixando de ter a monarca britânica como Chefe de Estado. Barbados foi o mais recente: no ano passado tornou-se oficialmente uma república.